A universidade de Al-Azhar decidiu expulsar 54 estudantes acusados de infringir o regulamento interno por participarem de protestos islamitas contra as autoridades, informou neste domingo a agência estatal de notícias "Mena".
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A agência, que citou o presidente deste centro, Abdel Hai Azab, explicou que, além disso, se repetirão as investigações contra outros dois estudantes.
Azab acrescentou que Al-Azhar decidiu também expulsar outros três estudantes da residência da universidade na província de Daqahliya por serem acusados de cometer atos de violência e distúrbios no centro educativo.
Há quatro dias, 22 alunas foram expulsas da Universidade de Al-Azhar na cidade de Zaqaziq acusadas de fomentar distúrbios e atos de violência dentro do campus.
No último dia 17 a Universidade de Al-Azhar deixou fora de suas corridas 71 estudantes sob as mesmas acusações e advertiu que avisará às Forças Armadas para que imponham a eles serviço militar obrigatório, "para cumprir com o dever nacional" no exército.
Desde a destituição de Mohammed Mursi em 3 de julho de 2013 pelo exército, há protestos de grande parte da corrente islamita egípcia contra o novo sistema político do país, que acusam de "golpista".
As autoridades egípcias declararam a Irmandade Muçulmana organização terrorista em dezembro de 2013 e os membros de sua cúpula, incluído Mursi, estão presos e enfrentam vários processos judiciais por diferentes motivos.