Encontro

Poroshenko se reunirá com Putin, Hollande e Merkel em 15 de janeiro

Quatro líderes se falam regularmente por telefone para tentar encontrar uma solução para o conflito no leste separatista pró-Rússia

Da AFP
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Publicado em 29/12/2014 às 13:02
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O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou nesta segunda-feira que no próximo 15 de janeiro se reunirá em Astana com seus colegas russo, Vladimir Putin, francês, François Hollande, e a chanceler alemã Angela Merkel para falar sobre a paz no leste da Ucrânia.

"Meu ano diplomático começa em 15 de janeiro em Astana [Cazaquistão] com uma reunião do grupo Normandia", disse Poroshenko em coletiva de imprensa concedida em Kiev.

"Os ministros das Relações Exteriores dos países do grupo da Normandia receberam a tarefa de elaborar uma pauta e os projetos de resolução da cúpula", explicou Poroshenko.

A agência de notícias russa Tass, citando uma fonte diplomática, confirma o encontro - mas não a data. 

O primeiro encontro do gênero ocorreu durante as cerimônias de comemoração do Desembarque da Normandia (noroeste da França) em junho e o segundo foi realizado na cidade italiana de Milão, em outubro passado. 

Os quatro líderes se falam regularmente por telefone para tentar encontrar uma solução para o conflito no leste separatista pró-Rússia, que já deixou mais de 4.700 mortos desde abril. 

Ao término de um destes encontros ficou decidida a organização de duas reuniões em Minsk, em 24 e 26 de dezembro entre Kiev e os rebeldes com a participação da Rússia e da Organização para a Cooperação e a Segurança na Europa (OSCE).

Após as "difíceis" negociações de 24 de dezembro, as partes entraram em acordo para levar a cabo uma troca de prisioneiros que ocorreu no último final de semana. Mesmo assim, o diálogo segue estancado enquanto a trégua é cumprida. 

Segundo Poroshenko, três soldados ucranianos morreram em combates no aeroporto de Donetsk, no leste do país.

Poroshenko ressaltou nesta segunda-feira que o conflito no leste do país é "artificial" e foi "levado por agressores e invasores que devem ir embora", em clara alusão à Rússia. 

Segundo o presidente, somente o "fechamento das fronteiras" e a "retirada das tropas estrangeiras" permitirão a resolução do conflito.

Moscou desmente qualquer implicação no conflito. 

Segundo o exército ucraniano, no leste da Ucrânia pode haver até 10.000 soldados russos.

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