O temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo manteve o volume de água do sistema Cantareira nesta terça-feira (30). De acordo com boletim divulgado pela Sabesp, o reservatório opera com 7,3% de sua capacidade -mesmo índice registrado na segunda (29). A forte chuva fez com que o Cantareira acumulasse 20,9 mm de água.
Leia Também
A última queda no volume do Cantareira ocorreu neste domingo (28) quando o nível do reservatório caiu de 7,4% para 7,3%. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.
O reservatório é responsável pelo atendimento de 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo e já opera com a segunda cota do volume morto - água do fundo do reservatório que não era contabilizada.
OUTROS SISTEMAS
Outro manancial que se manteve estável em relação ao dia anterior foi Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas. De acordo com a Sabesp, o sistema opera com 31,6% de sua capacidade.
As chuvas também fizeram com que o nível do Alto Tietê, que está em estado crítico, aumentasse 0,2 ponto percentual em relação ao dia anterior. O reservatório opera com 12,2% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. Com a adição do volume morto no dia 14 de dezembro, o sistema ganhou volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).
A represa de Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas, também registrou ligeiro aumento de 0,1 ponto percentual em relação ao dia anterior e opera com 40,6% de sua capacidade.
Já o nível dos mananciais Rio Grande e Rio Claro subiu nesta terça. De acordo com a Sabesp, o reservatório de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 72,4% de sua capacidade após subir 0,5 ponto percentual em relação ao dia anterior. O nível do reservatório Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 33,6% de sua capacidade nesta terça após subir 0,1 ponto percentual.
TAXA EXTRA
Em meio à estiagem e com os principais reservatórios sob risco de colapso, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu nesta semana cobrar sobretaxa na conta de água dos "gastões", como o governador paulista chama os que desperdiçam.
A medida afetaria aqueles que ampliarem o consumo de água em relação à média de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014, mas só valerá depois de uma audiência pública marcada para o final no mês pela Arsesp (agência reguladora estadual de saneamento).
Pela proposta, quem tiver um aumento de consumo igual ou menor que 20% em relação à média terá acréscimo de 20% na conta. Já os consumidores que gastarem acima de 20% em relação a sua média terão ônus de 50% na conta.