O ferry "Norman Atlantic", cujo incêndio deixou ao menos 13 mortos e um número indeterminado de desaparecidos, chegou ao meio-dia desta sexta-feira ao porto de Brindisi (sudeste da Itália), onde será inspecionado em busca de outros corpos.
Leia Também
- Treze mortos em ferry incendiado, mas número de vítimas deve aumentar
- Dez passageiros mortos em ferry incendiado, incerteza sobre desaparecidos
- Marinha italiana toma controle de navio à deriva com 450 imigrantes
- Comandante do Norman Atlantic saiu após navio ser totalmente evacuado
- Quatro corpos recuperados do ferry Norman Atlantic
O procurador de Bari, Giuseppe Volpe, encarregado da investigação na Itália, ordenou o retorno do navio para prosseguir com a busca de cadáveres de eventuais passageiros clandestinos e de pessoas que dormiam em suas cabines quando o fogo foi declarado a bordo.
Segundo as autoridades italianas, o número total de evacuados chega a 477 pessoas e a lista foi enviada às autoridades gregas, que também investigam as circunstâncias da tragédia, para determinar o número final de mortos.
À espera do resultado da busca que será realizada pelas autoridades judiciais italianas em Brindisi, o número exato de vítimas continua sendo um mistério.
A presença de passageiros clandestinos a bordo já ficou confirmada, e três deles, um sírio e dois afegãos, fizeram um pedido de asilo político, indicou Volpe.
Mas, para o procurador, sem dúvida outros imigrantes ilegais estavam escondidos nos muitos caminhões transportados pelo "Norman Atlantic". O incêndio foi declarado nas pontes inferiores, onde estes veículos estavam estacionados.
Além disso, vários passageiros evacuados mencionaram a presença de imigrantes clandestinos na embarcação.
Cerca de 500 pessoas poderiam estar a bordo do ferry quando o incêndio foi declarado, considerou Volpe, um número levemente inferior às 474 pessoas registradas na lista de embarque da Anek, a companhia grega que fretou o barco.