Mais de cem mil pessoas foram às ruas de cidades de toda a França, nesta quarta-feira, para homenagear as vítimas do sangrento atentado contra o semanário satírico Charlie Hebdo, segundo estimativas da AFP.
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Em Paris, 35 mil pessoas foram à Praça da República, no centro da cidade, perto da sede do Charlie Hebdo, segundo a polícia. Muitos exibiam um adesivo preto, com a mensagem "Je suis Charlie" ("Eu sou Charlie"), um lema em solidariedade às 12 vítimas fatais do ataque.
Os manifestantes somaram entre 13.000 e 15.000 em Rennes (noroeste), entre 10.000 e 15.000 em Toulouse (sudoeste) e 7.000 em Marselha (sudeste), segundo cifras da polícia.
"Eu lia o Charlie quando jovem. Wolinski foi o desenhista da minha juventude", declarou, em Lyon, William Ouzilou, de 62 anos, que participou da marcha com a esposa. "Não podemos deixar que a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, sejam covardemente assassinadas, não construímos nada sobre a barbárie", acrescentou.
"Eu tenho a impressão que estamos em guerra e temo pelos jovens do mundo inteiro", avaliou, na mesma cidade, Evelyne Serre, de 58 anos, leitora fiel do Charlie Hebdo. "Não sinto raiva, de qualquer forma, e todo mundo deve manter cabeça fria e a solidariedade", destacou.
Milhares de pessoas também se concentraram nesta quarta-feira em várias cidades europeias, como Berlim, Bruxelas, Madri e Londres.