A justiça francesa informou neste domingo (11) que suspeita que o jihadista Amedy Coulibaly, que matou uma policial e participou na tomada de reféns em um mercado de produtos judeus, pode estar por trás da agressão contra um homem que fazia jogging no sul de Paris.
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A agressão teria acontecido horas depois do massacre na redação da revista Charlie Hebdo na quarta-feira passada, quando 12 pessoas foram mortas.
Segundo um comunicado do gabinete da procuradoria, existe um vínculo "entre as balas encontradas em Fontenay-aux-Roses", onde um homem foi gravemente ferido na quarta-feira, e a pistola russa Tokarev que foi utilizada no ataque ao mercado judeu na sexta-feira, onde Coulibaly foi abatido pela polícia.
Um homem de 32 anos foi ferido quando saía para correr na noite de quarta-feira, um incidente que a polícia não relacionou a princípio com os ataques ocorridos na revista francesa.
Segundo as autoridades, o corredor ficou ferido no braço e nas costas e sua condição continua sendo crítica.
"Na cena, foram encontrados cinco cápsulas de bala", que correspondem à pistola deixada por Coulibaly no mercado de produtos judeus, afirmaram os investigadores.
A polícia começou a considerar Coulibaly suspeito de mais este ataque, depois que ele matou uma policial em um tiroteio em Montrouge na quinta-feira.
Neste domingo, surgiu um vídeo em que um homem parecido com Amedy Coulibaly reivindica o ataque que tirou a vida da policial na quinta-feira e onde alega ser membro do Estado Islâico.
O homem olha para a câmera e diz ter agido "contra a polícia", enquanto que uma legenda o identifica como Amedy Coulibaly.
O vídeo de 7 minutos e 17 segundos, que foi rapidamente retirado do site Dailymotion, não foi autenticado de imediato.
É apresentado como uma reivindicação póstuma dos ataques cometidos na França durante a semana passada.
"Eu me reporto ao califa dos muçulmanos Abu Bakr al-Baghdadi, o califa Ibrahim", afirma o suposto Coulibaly, que está vestido com um traje muçulmano, um keffieh, e tem atrás dele uma bandeira negra. "Eu jurei fidelidade ao califa desde a declaração do califado", acrescenta.
A legenda do vídeo apresenta a pessoa como Coulibaly e como o autor dos ataques em Montrouge (uma policial morta em 8 de janeiro) e do mercado de produtos judeus (quatro mortos em 9 de janeiro).
"Chegamos de forma sincronizada para sair ao mesmo tempo", afirma o homem, referindo-se aos irmão Kouachi, que atacaram a revista Charlie Hebdo, onde mataram 12 pessoas no dia 7.
Em seguida, ele justifica esses ataques apresentados como uma resposta aos "ataques contra o califado".
O vídeo também mostra imagens deste homem fazendo bombas ao ar livre, os muçulmanos ao fundo. Ela também aparece olhando para a câmera vestido com o que se parece com um colete à prova de balas.
Amedy Coulibaly foi morto na sexta-feira pelos policiais depois da violenta tomada de reféns em um mercado de produtos judeus na localidade de Porte de Vincennes.