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Jihadista Coulibaly é suspeito de mais um crime antes de matar policial

Ele teria agredido um homem que fazia jogging no sul de Paris, horas depois do massacre na redação da revista Charlie Hebdo

Da AFP
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Da AFP
Publicado em 11/01/2015 às 14:44
Foto: OFF TV / AFP
Ele teria agredido um homem que fazia jogging no sul de Paris, horas depois do massacre na redação da revista Charlie Hebdo - FOTO: Foto: OFF TV / AFP
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A justiça francesa informou neste domingo (11) que suspeita que o jihadista Amedy Coulibaly, que matou uma policial e participou na tomada de reféns em um mercado de produtos judeus, pode estar por trás da agressão contra um homem que fazia jogging no sul de Paris.

A agressão teria acontecido horas depois do massacre na redação da revista Charlie Hebdo na quarta-feira passada, quando 12 pessoas foram mortas.

Segundo um comunicado do gabinete da procuradoria, existe um vínculo "entre as balas encontradas em Fontenay-aux-Roses", onde um homem foi gravemente ferido na quarta-feira, e a pistola russa Tokarev que foi utilizada no ataque ao mercado judeu na sexta-feira, onde Coulibaly foi abatido pela polícia.

Um homem de 32 anos foi ferido quando saía para correr na noite de quarta-feira, um incidente que a polícia não relacionou a princípio com os ataques ocorridos na revista francesa.

Segundo as autoridades, o corredor ficou ferido no braço e nas costas e sua condição continua sendo crítica.

"Na cena, foram encontrados cinco cápsulas de bala", que correspondem à pistola deixada por Coulibaly no mercado de produtos judeus, afirmaram os investigadores.

A polícia começou a considerar Coulibaly suspeito de mais este ataque, depois que ele matou uma policial em um tiroteio em Montrouge na quinta-feira.

Neste domingo, surgiu um vídeo em que um homem parecido com Amedy Coulibaly reivindica o ataque que tirou a vida da policial na quinta-feira e onde alega ser membro do Estado Islâico.

O homem olha para a câmera e diz ter agido "contra a polícia", enquanto que uma legenda o identifica como Amedy Coulibaly.

O vídeo de 7 minutos e 17 segundos, que foi rapidamente retirado do site Dailymotion, não foi autenticado de imediato. 

É apresentado como uma reivindicação póstuma dos ataques cometidos na França durante a semana passada.

"Eu me reporto ao califa dos muçulmanos Abu Bakr al-Baghdadi, o califa Ibrahim", afirma o suposto Coulibaly, que está vestido com um traje muçulmano, um keffieh, e tem atrás dele uma bandeira negra. "Eu jurei fidelidade ao califa desde a declaração do califado", acrescenta.

A legenda do vídeo apresenta a pessoa como Coulibaly e como o autor dos ataques em Montrouge (uma policial morta em 8 de janeiro) e do mercado de produtos judeus (quatro mortos em 9 de janeiro).

"Chegamos de forma sincronizada para sair ao mesmo tempo", afirma o homem, referindo-se aos irmão Kouachi, que atacaram a revista Charlie Hebdo, onde mataram 12 pessoas no dia 7.

Em seguida, ele justifica esses ataques apresentados como uma resposta aos "ataques contra o califado".

O vídeo também mostra imagens deste homem fazendo bombas ao ar livre, os muçulmanos ao fundo. Ela também aparece olhando para a câmera vestido com o que se parece com um colete à prova de balas.

Amedy Coulibaly foi morto na sexta-feira pelos policiais depois da violenta tomada de reféns em um mercado de produtos judeus na localidade de Porte de Vincennes.

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