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Revista católica e site judeu publicam charges da Charlie Hebdo

Um dos desenhos, assinado por Charb, diretor da Charlie Hebdo e morto no ataque jihadista, mostra o Papa Francisco em sua viagem ao Rio de Janeiro, usando chinelos e uma fantasia com lantejoulas

Da AFP
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Publicado em 11/01/2015 às 15:00
Foto: LOIC VENANCE / AFP
Um dos desenhos, assinado por Charb, diretor da Charlie Hebdo e morto no ataque jihadista, mostra o Papa Francisco em sua viagem ao Rio de Janeiro, usando chinelos e uma fantasia com lantejoulas - FOTO: Foto: LOIC VENANCE / AFP
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Uma revista católica e um site judeu publicaram charges do pasquim francês Charlie Hebdo ironizando, respectivamente, Jesus e o Papa, e o Holocausto e os judeus, em um sinal de apoio à publicação alvo de um sangrento ataque jihadista na quarta-feira (7) passada.

"Decidimos colocar on-line algumas caricaturas da Charlie Hebdo que se relacionam com o catolicismo. É um sinal de força ser capaz de rir de algumas características das instituições a que pertencemos. O humor na fé é um bom antídoto para o fanatismo", explica a revista jesuíta Etudes, criada em 1956, em um breve editorial ilustrado pelo já famosa hastag "Je suis Charlie" sobre um fundo negro.

Um dos desenhos, assinado por Charb, diretor da Charlie Hebdo e morto no ataque jihadista, mostra o Papa Francisco em sua viagem ao Rio de Janeiro em julho de 2013, usando chinelos e uma fantasia com lantejoulas, típicas do carnaval carioca, e explicando faz tudo "para conseguir clientes".

O Jewpop, um site cultural judeu muito popular, publicou, por sua vez, uma das mais famosas charges da Charlie Hebdo, de 1978, que mostra Hitler saltitante com a legenda "Hitler supermaneiro" e um balão em que o alemão diz: "Olá, judeus! E aí?". 

O site também publicou a charge "'Charlie Hebdo pergunta ao governo: é prudente construir centrais nucleares ao lado de sinagogas?" (outubro de 1980). 

"Nossos pensamentos hoje estão com todas as vítimas do ataque e suas famílias", declarou o diretor do site, Alain Granat.

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