O alerta terrorista no Vaticano é "máximo", mas "não houve nenhuma novidade sobre ameaças" específicas após os atentados em Paris, informou nesta segunda-feira (12) o chefe da unidade de polícia de operações especiais de Roma, Diego Parente.
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Diante das informações divulgadas na Itália sobre um possível atentado terrorista no Vaticano, Parente garantiu que essa suspeita "ainda não foi confirmada", mas o alerta é mantido.
Após os ataques terroristas em Paris, o chefe de operações especiais da capital italiana ressaltou que Roma "revisou e potencializou todas as medidas de segurança", mas explicou que as precauções já "tinham aumentado" antes dos incidentes.
Parente enfatizou que foram considerados "todos os alvos sensíveis", lugares dos quais Roma "está cheia", e as medidas foram tomadas "sem privilegiar uns em relação aos outros", e sim de forma global.
Segundo ele, a capital reforçou o dispositivo de segurança no bairro do Gueto Romano e em redutos judeus, assim como em "embaixadas, monumentos, lugares de culto e redações de jornal e televisão".
ESTADO ISLÂMICO
Previamente às declarações de Parente, o telejornal da TV estatal israelense, Canal 1, citou fontes do serviço secreto dos EUA para afirmar que o próximo alvo dos terroristas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis) é o Vaticano.
Descrevendo a notícia como "exclusiva", mas sem dar muitos detalhes sobre o assunto, o programa deu a informação durante todo o jornal. Após a reportagem ir ao ar, a diretora do canal, Ayala Hasson, também postou a nota em seu Twitter.
Segundo fontes da Inteligência italiana ouvidas pela Ansa, a Santa Sé é um "possível objetivo" dos jihadistas, mas no momento "não há sinais concretos" que indiquem um ataque iminente.
Também de acordo com as fontes, o Mossad, serviço secreto de Israel, e a CIA enviaram relatórios nos últimos dias para os italianos nos quais citam possíveis cenários, mas sem indicar elementos concretos de risco.