O primeiro número da Charlie Hebdo desde o atentado contra sua redação há uma semana se esgotou em muitos pontos de venda da França pouco depois de seu lançamento nesta quarta-feira, segundo jornalistas da AFP.
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"Não há mais", repetiam incessantemente muitos jornaleiros parisienses antes das oito da manhã, provocando a decepção dos clientes. "Tinha uma fila com entre 60 e 70 pessoas esperando quando abri", disse a dona de uma banca de jornais de Paris. "Nunca vi algo assim. Vendi 450 exemplares em 15 minutos".
No entanto, os pontos de venda continuarão recebendo exemplares todos os dias até 19 de janeiro. Para esta edição, que será distribuída em 25 países, foram publicados três milhões de exemplares, contra os 60.000 habituais da revista.
Em sua capa, os sobreviventes do massacre representaram Maomé com uma lágrima segurando um cartaz com a frase "Je suis Charlie" e sob o título "Tudo está perdoado", após o ataque que deixou 12 mortos, entre eles os chargistas mais famosos da revista satírica.