Conflito

Milhares de chechenos se manifestam contra as charges de Maomé

Grupo levava cartazes com corações vermelhos e inscrições em árabe proclamando seu amor pelo profeta Maomé

Da AFP
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Publicado em 19/01/2015 às 9:22
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Grupo levava cartazes com corações vermelhos e inscrições em árabe proclamando seu amor pelo profeta Maomé - FOTO: Foto: AFP
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Cerca de 800 mil pessoas se manifestaram nesta segunda-feira em Grozni, capital da Chechênia, para protestar contra a publicação de caricaturas do profeta Maomé, 12 dias após o atentado contra a revista francesa Charlie Hebdo, informou o ministério russo do INterior.

Aos gritos de "Allah Akhbar" ("Alá é grande"), os manifestantes levavam cartazes com corações vermelhos e inscrições em árabe proclamando seu amor pelo profeta Maomé, segundo imagens difundidas pela televisão russa.

"Esta é uma manifestação contra aqueles que insultam a religião muçulmana", declarou o dirigente checheno Ramzán Kadyrov aos pés da gigantesca mesquita que mandou construir no centro de Grozni em homenagem a seu pai Ahmed Kadyrov. 

"Não autorizaremos jamais nada que possa insultar o nome do profeta", completou, em referência às caricaturas publicadas no Charlie Hebdo.

Kadyrov havia descrito previamente os autores das caricaturas de Maomé como "pessoas sem valores espirituais e morais". Também qualificou de "inimigo de todos os muçulmanos" o ex-oligarca russo Mikhail Khodorkovski, que pediu aos meios russos que publicassem as caricaturas do profeta.

Cerca de 15.000 pessoas se concentraram neste sábado em Inguchétia, outra república muçulmana do Cáucaso russo, para protestar contra as caricaturas de Maomé, que a mídia russa deve "abster-se de publicar", segundo instruções da autoridade russa de vigilância dos meios de comunicação, Roskomnadzor.

Apesar da Rússia ter apoiado em um primeiro momento a manifestação histórica contra o jihadismo organizada  em 11 de janeiro em Paris, muitos meios de comunicação e responsáveis russos se destacam da solidariedade mundial que continua suscitando o atentando contra Charlei Hebdo, que deixou 12 mortos.

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