A promotora argentina que investiga a morte de seu colega Alberto Nisman, encarregado do caso do atentado antissemita em Buenos Aires em 1994, voltou a mencionar nesta terça-feira (20) a tese de suicídio, apesar de os exames não terem encontrado pólvora nas mãos do falecido.
Leia Também
"O resultado do varrimento eletrônico da mão de Nisman lamentavelmente deu negativo, mas não é um resultado inesperado", declarou Viviana Fein.
A funcionária recordou que o varrimento eletrônico é apenas um dos testes que se faz para tentar achar resíduos de pólvora.
No entanto, em caso de armas de pequeno calibre como a 22 que, segundo a investigação, causou a morte do promotor, a quantidade de resíduos de pólvora pode ser tão ínfima que elimina resultados positivos.
"Isso não descarta que tenha disparado contra si mesmo. Isso não descarta nada. O resultado da necropsia confirmou de maneira categórica que não havia uma terceira pessoa no local que tenha disparado", afirmou Fein.
A promotora indicou que ainda é preciso esperar pelos testes de DNA do sangue que havia na arma e no chão do banheiro de seu apartamento.
A Argentina acordou na segunda-feira chocada com a morte de Nisman, o procurador que acusou a presidente Cristina Kirchner de acobertar o Irã no caso do atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires.
Os resultados preliminares da necropsia feita no corpo do promotor, encontrado morto em seu apartamento com um disparo na têmpora direita, apontam para a hipótese de suicídio, informou o Ministério Público.