O presidente americano, Barack Obama, declarou neste domingo (25) sua intenção de aumentar a pressão sobre a Rússia, após a morte de trinta civis durante os bombardeios atribuídos aos rebeldes separatistas contra o porto estratégico de Mariupol.
"Vamos prosseguir com a abordagem que adotamos, ou seja, aumentar a pressão sobre a Rússia, e eu irei analisar todas as opções disponíveis, excluindo o confronto militar", disse o presidente americano durante uma coletiva de imprensa em Nova Delhi.
Os ocidentais condenaram veementemente o ataque perpetrado no sábado contra a última grande cidade no leste separatista sob controle de Kiev. Alguns chegaram a defender novas sanções contra a Rússia, acusada de apoiar a rebelião militarmente.
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"Estamos muito preocupados com as recentes violações do cessar-fogo e a agressão cometida pelos separatistas com apoio russo, equipamento russo, financiamento russo, treinamento russo e tropas russas", disse Obama.
O presidente dos Estados Unidos questionou a relevância da posição da Rússia na Ucrânia: "a questão é se eles querem continuar nesta direção, o que é ruim não só para o povo ucraniano, mas (..) para o povo russo", acrescentou.
"Eu sempre fui claro sobre o fato de que não seria eficaz para nós nos envolver em um conflito militar com a Rússia", frisou. No entanto, os Estados Unidos vão manter uma "pressão econômica" e um "isolamento diplomático", ressaltou.
Neste contexto, o chefe da diplomacia russa, Sergueï Lavrov, declarou que os novos episódios de violência na Ucrânia registrados nos últimos dias foram provocados por "dezenas de ataques permanentes" do exército ucraniano contra localidades povoadas.
"O agravamento da situação é o resultado dos disparos das forças ucranianas, em violação grosseira aos acordos de Minsk", insistiu Lavrov em um comunicado.