A iraquiana Sajida al-Rishawi, cuja libertação é exigida pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) em um vídeo anunciando a execução de um refém japonês, é uma suicida condenada à morte na Jordânia por atentados realizados em 2005.
Com 44 anos, Sajida al-Rishawi está detida em uma prisão jordaniana desde a sua condenação à morte, em setembro de 2006, por atos terroristas que remontam a 9 de novembro de 2005.
Naquele dia, três atentados suicidas devastaram três hotéis em Amã, matando pelo menos 60 pessoas e deixando centenas de feridos.
O maior número de vítimas foi registrado quando um homem-bomba acionou seus explosivos durante uma festa de casamento em um dos três hotéis. A maioria das vítimas era jordaniana.
Sajida al-Rishawi foi presa quatro dias após os ataques, nos quais três suicidas, seu marido Ali Hussein al-Chammari e dois outros iraquianos, fizeram-se explodir.
Em sua confissão, a mulher-bomba explicou que tinha falhado em ativar seu cinto de explosivos em um dos hotéis visados.
Os ataques foram reivindicados pelo ramo iraquiano da Al-Qaeda, liderado por Abu Musab al-Zarqawi.
Na ocasião, o grupo terrorista advertiu que mais ataques seriam perpetrados contra a Jordânia, considerada um "muro de proteção" para Israel e as forças sob o comando dos Estados Unidos no Iraque, um país em guerra desde a invasão americana de 2003.
Sete meses após os ataques de Amã, as autoridades americanas e iraquianas anunciaram a morte de Zarqawi em um ataque aéreo na região de Baquba, ao norte de Bagdá.
A libertação de Sajida al-Rishawi é exigida no mais recente vídeo do grupo Estado Islâmico. Apesar das dúvidas iniciais, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, considerou as imagens como altamente críveis.