A imprensa tunisiana não poupou críticas à Confederação Africana de Futebol (CAF) e à arbitragem da Copa Africana de Nações (CAN) depois da eliminação controversa da seleção do país pela anfitriã Guiné Equatorial nas quartas de final do torneio.
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"A Tunísia foi simplesmente roubada", denunciou a rádio Mosaïque FM no seu site, referindo-se ao "pênalti imaginário concedido à Guiné Equatorial depois de uma simulação grotesca".
No sábado, as 'Águias do Cartago' venciam por 1 a 0, com um gol marcado aos 25 minutos do segundo tempo por Akaichi, mas foram vítimas da arbitragem 'caseira' do juiz árbitro mauriciano Rajindraparsad Seechurn, que deu um pênalti no mínimo duvidoso aos anfitriões nos acréscimos, forçando a prorrogação.
A Guiné Equatorial acabou vencendo por 2 a 1 no tempo extra, mas o árbitro precisou ser escoltado para não ser agredido por jogadores tunisianos ao deixar o gramado. Os seguranças chegaram a bater nos atletas.
Para Shems-FM e o site de informação Kapitalis, o segundo gol da Guiné, marcado por Javier Balboa numa bela cobrança de falta, também resultou de um erro de arbitragem.
"A Guiné Equatorial empatou aos 47 do segundo tempo num pênalti inexistente, e o segundo gol saiu aos 12 minutos da prorrogação em outra falta imaginária", relata Shems-FM.
Para Kapitalis, o torneio foi manipulado para retribuir a Guiné Equatorial, que aceitou sediar a competição de última hora depois da desistência do Marrocos por conta de temores em relação à epidemia do vírus Ebola.
"O país organizador tinha que ganhar o jogo, o presidente da CAF, Issa Hayatou, decidiu isso para retribuir o país-sede", opinou o portal.
O site do principal jornal de língua francesa do país, La Presse, também criticou a arbitragem, mas reconheceu que a Tunísia não fez um grande jogo.
"O primeiro tempo foi sonolento, com nenhum chute a gol do lado tunisiano", reconheceu o jornal, que, mesmo assim, usou como título: "A Tunísia eliminada pelo árbitro: Vergonha!"