Oriente Médio

Assad: coalizão internacional ''informa'' a Síria sobre ataques ao Estado Islâmico

Desde o início do conflito sírio em março de 2011, mais de 210.000 pessoas morreram, segundo um balanço recente

Da AFP
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Publicado em 10/02/2015 às 8:42
Foto: ARIS MESSINIS / AFP
Desde o início do conflito sírio em março de 2011, mais de 210.000 pessoas morreram, segundo um balanço recente - FOTO: Foto: ARIS MESSINIS / AFP
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O governo de Damasco recebe informações sobre os ataques aéreos da coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, afirmou o presidente Bashar al-Assad em uma entrevista.

"Às vezes enviam uma mensagem, uma mensagem geral", disse Assad em uma entrevista à BBC na capital síria.

"Não há diálogo. Digamos que há informação, mas não diálogo", explicou.

Damasco aceitou a contragosto a campanha de ataques aéreos contra o EI, iniciada em seu território em 23 de setembro, e criticou em muitas ocasiões a coalizão liderada pelos Estados Unidos por não entrar em coordenação com o governo sírio.

Segundo o governo, os ataques aéreos não podem derrotar o grupo jihadista enquanto a comunidade internacional não cooperar com as tropas sírias.

Na entrevista à BBC, Assad descartou uma união com a coalizão no combate ao EI.

"Definitivamente, não podemos, nem temos a vontade nem queremos, por uma simples razão: não queremos uma aliança com países que apoiam o terrorismo".

O comentário parece ser uma referência ao apoio da coalizão a outros grupos rebeldes, que lutam para derrubar Assad, e que o governo sírio classifica de "terroristas".

O presidente sírio afirmou que as autoridades americanas "pisam com facilidade na legislação internacional, que envolve a nossa soberania. Então, eles não falam conosco e nós não falamos com eles".

Desde o início do conflito sírio em março de 2011, mais de 210.000 pessoas morreram, segundo um balanço recente.

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