As Forças Armadas da Venezuela emitiram hoje (13) comunicado condenando a "conduta de um reduzido número de militares", detidos por suposto envolvimento em planejamento para um golpe de Estado, e reiteraram lealdade ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
Leia Também
"As Forças Armadas reiteram o seu apoio incondicional e lealdade absoluta ao nosso presidente, comandante-chefe das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, Nicolás Maduro Moros, e reafirmam o seu compromisso com a Constituição, a vontade do povo e os postulados do Plano da Pátria, lei que guia a revolução bolivariana na construção do socialismo bolivariano do Século 21", afirmaram.
O comunicado foi divulgado na televisão estatal venezuelana e lido pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrimo López, acompanhado pelo Alto Comando Militar, sublinhando que a atitude dos militares suspeitos "não representa o sentir, pensar nem atuar da instituição". Sete militares da Força Aérea Venezuelana foram detidos por suposto envolvimento no plano de golpe, que teria o apoio de opositores.
Segundo López, os detidos "preparavam ações militares, que em ligação com outras manobras políticas e contaminadas de ambições de poder, pretendiam infringir a ordem constitucional”. De acordo com o ministro, os militares venezuelanos estão unidos nas suas convicções democráticas e de que "um país não se constrói com violência nem ressentimento, mas com justiça, cooperação e entendimento".
Nesta sexta-feira, o secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), o colombiano Ernesto Samper, reiterou o apoio do grupo a Maduro. “As possibilidades de um golpe militar na Venezuela revelam preocupante escalada contra a sua democracia”, escreveu Samper em sua conta de Twitter. Segundo ele, “a Unasul reitera sua vontade de encontrar caminhos democráticos e pacíficos, e reitera apoio ao presidente Nicolás Maduro”.
O presidente da Venezuela denunciou ontem (12) nova tentativa de golpe de Estado, liderada por “um grupo de oficiais da Força Aérea”, detidos. “Desmantelamos um atentado golpista contra a democracia e a estabilidade do nosso país. Trata-se de uma tentativa de utilizar um grupo de oficiais da Força Aérea para provocar violências, um atentado, um ataque”, afirmou.
Segundo Maduro, o plano consistia em apoderar-se de um avião Tucano, armá-lo e atacar o palácio [presidencial] de Miraflores ou o local de um de seus deslocamentos.