As forças armadas curdas impediram os habitantes árabes deslocados pela violência de retornar às regiões do Iraque que o Curdistão autônomo reivindica em sua disputa com o governo central, afirmou nesta quinta-feira a organização Human Rights Watch (HRW).
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A ONG com sede em Nova Iorque, advertiu o governo regional do Curdistão contra a imposição de "punição coletiva para comunidades árabes" pela violência cometida pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Bloquear os árabes e se recusar a autorizar que retornem às suas casas parece ir além de uma resposta de segurança razoável", declarou Letta Tayler, da HRW, ao apresentar um relatório sobre o assunto.
As forças curdas têm impedido há meses que os árabes deslocados pela ofensiva do grupo Estado Islâmico retornem às suas casas nas áreas reivindicadas pelo governo do Curdistão autônomo.
Em contrapartida, os curdos foram autorizados a retornar e até se estabelecer em casas pertencentes a cidadãos árabes deslocados, afirma HRW, que indica ter havido vários casos de "atos provavelmente discriminatórios" nas províncias de Nínive e Erbil (capital do Curdistão iraquiano).
Segundo a HRW, algumas autoridades curdas defendem as medidas discriminatórias, argumentando que os árabes da região haviam apoiado a ofensiva dos jihadistas e continuam a colaborar com o EI.