Os governos de Estados Unidos e Turquia começarão a treinar rebeldes sírios, no próximo domingo (1/3). Tanju Bilgic, porta-voz no Ministério das Relações Exteriores da Turquia, confirmou a informação.
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O objetivo é treinar cerca de cinco mil combatentes no primeiro ano do programa.
O acordo tinha sido assinado na última semana, após meses de difíceis negociações entre aliados da OTAN. As dúvidas giravam em torno de como seria feito o treinamento dos rebeldes sírios e quais inimigos deveriam ser apontados como alvo.
O governo turco é bastante crítico ao presidente sírio Bashar al Assad e quer que as facções moderadas formadas por rebeldes sejam treinadas para combater tanto o regime de Damasco como os jihadistas do Estado Islâmico (EI). O grupo extremista controla grandes extensões dos territórios iraquiano e sírio.
O "califado" declarado pelo grupo jihadista atinge a fronteira norte da Síria, próxima à Turquia. No país governado pela dinastia Assad, o governo dos EUA tem realizado bombardeios locais dominados pelo Estado Islâmico.
O avanço do EI e o fracasso na resolução do conflito interno sírio, que completa cinco anos em março, geram um debate nos países ocidentais sobre uma possível reaproximação com Assad.
Nesta semana, três congressistas franceses se reuniram com o presidente sírio em Damasco, apesar do rompimento nas relações diplomáticas em 2012, entre Síria e vários países europeus, inclusive a França.