O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta segunda-feira (2) que "não tem pé nem cabeça" a acusação de seu país estaria por trás de um golpe para derrubar seu colega venezuelano, Nicolás Maduro.
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Em discurso em 20 de fevereiro, Maduro acusou setores da direita colombiana, em especial o ex-presidente Álvaro Uribe, de se unirem com seus opositores e os Estados Unidos em uma conspiração para derrubá-lo.
As investigações terminaram com a prisão de militares acusados de articular a saída e do prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, que assinou um suposto documento no qual os opositores articulam a transição política.
Em entrevista à televisão espanhola, Santos afirma que, caso se descubra uma conspiração real contra Maduro, o país atuará com total contundência para evitá-la, mas que, pelo momento, não há nenhum complô.
"Falamos de forma pública e privada: não há nenhum complô vindo da Colômbia para derrubar nenhum país. Isso [a acusação de Maduro] não tem pé nem cabeça", disse.
O presidente colombiano disse estar disposto, caso solicitado, a atuar como mediador para melhorar as relações entre Maduro e a oposição, no marco do grupo formado pelo país, o Brasil e o Equador para tentar mediar a crise política.
Mesmo com as acusações, Santos afirma ter "uma comunicação adequada" com Maduro. "Conversamos em privado, dizemos quando concordamos e discordamos. Acho que essa é a forma de administrar relações que são difíceis porque temos diferenças profundas".
Além de Santos, os Estados Unidos disseram em 21 de fevereiro que as acusações de Maduro não têm fundamento. Em nota, a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, disse que o mandatário deve parar de tentar distrair a população do país e dar uma solução à crise política e econômica.