O conselheiro de direitos humanos do presidente russo, Mikhail Fedotov, anunciou nesta quinta-feira sua intenção de visitar na prisão o principal suspeito do assassinato do opositor russo Boris Nemtsov, que clama sua inocência e diz ter sido torturado.
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"Entramos em acordo para ir amanhã (sexta-feira) pela manhã" à prisão de Moscou de Lefortovo onde Zaur Dadayev está detido, declarou Mikhail Fedotov em uma coletiva de imprensa.
O conselheiro declarou, no entanto, que espera a autorização do Comitê de Investigação russo, encarregado da investigação sobre o assassinato de Nemtsov, para poder realizar esta visita.
De nacionalidade russa, o checheno Dadayev, de 31 anos, segundo a imprensa russa, afirmou que sua confissão havia sido extraída sob tortura, segundo um membro do Conselho consultivo para os direitos humanos do Kremlin, Andrei Babushkin, e uma jornalista de uma publicação popular, Eva Merkacheva.
Babushkin tornou públicas suas declarações na quarta-feira, e pediu que os investigadores verifiquem os supostos atos de tortura.
O Comitê de Investigação também advertiu contra a "ingerência inadmissível" dos defensores dos direitos humanos, e seus investigadores interrogaram na quarta-feira Andrei Babushkin como testemunha no caso.
Boris Nemtsov, de 55 anos, foi morto a tiros perto do Kremlin no dia 27 de fevereiro.