A justiça russa arquivou o processo contra Svetlana Davydova, acusada de alta traição por ter informado a embaixada Ucrânia sobre a movimentação de tropas russas.
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"Recebemos uma boa notícia hoje. A investigação criminal contra Svetlana Davydova foi arquivada, na ausência de delito", anunciou o advogado Ivan Pavlov.
"Todas as acusações de alta traição foram abandonadas", completou o advogado, antes de informar que Davydova tem o direito de pedir uma reabilitação judicial.
Davydova, de 36 anos, mãe de sete filhos, foi libertada no início de fevereiro da penitenciária de Lefortovo, administrada pelo serviço secreto russo, onde passou duas semanas em prisão preventiva.
Acusada de alta traição, Davydova poderia ser condenada a 20 anos de prisão. A libertação acontece depois que 50.000 pessoas, incluindo a viúva do Prêmio Nobel Aleksandr Solzhenitsyn, assinaram um pedido a favor de Davydova.
Svetlana Davydova, que nunca negou a postura pacifista desde o início do conflito no leste da Ucrânia, ligou em abril do ano passado para a embaixada de Kiev para informar que a base militar de Viazma estava vazia, já que, segundo ela, os soldados haviam partido para a Ucrânia.
Kiev luta há quase um ano contra uma rebelião pró-Rússia no leste do país e acusa Moscou de apoiar os separatistas, com o envio de armas e soldados. O Kremlin sempre negou as acusações.