Nigel Farage, líder do UKIP, não seguirá liderando este partido antieuropeu e anti-imigração britânico se não conquistar um assento nas eleições de 7 de maio, afirma em um livro do qual foram publicados trechos nesta segunda-feira.
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Farage, cujo partido foi o mais votado do país nas últimas eleições europeias, protagoniza uma intensa campanha para conquistar o assento da circunscrição de South Thanet, no sudeste do Reino Unido.
Mas se isso não for alcançado, este eurodeputado populista, fumante e amante da cerveja, muito admirado por seus seguidores, abandonará a liderança do Partido pela Independência do Reino Unido.
"Francamente, não seria crível seguir liderando o partido sem um assento em Westminster", o Parlamento britânico, declarou Farage em seu novo livro "The Purple Revolution", em um trecho publicado pelo jornal Daily Telegraph.
As consequências de uma renúncia de Farage podem ser nefastas para este partido que cresceu a sua sombra e graças ao seu carisma entre amplos setores.
O UKIP conquistou seus primeiros deputados nos últimos meses, dois desertores do Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron, mas Farage nunca ocupou um assento no Parlamento. As pesquisas dão ao partido 15% das intenções de voto, terceiro depois de conservadores e trabalhistas, que andam lado a lado.
O UKIP pode acabar em situação de permitir que um dos dois grandes partidos governe e condicionou seu apoio à celebração de um referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) até o fim de 2015.
Os quatro milhões de cidadãos da UE que residem no Reino Unido, incluindo sua esposa alemã Kirsten, não estariam autorizados a participar da consulta, segundo seus planos.