O Movimento Ao Socialismo (MAS), partido do presidente boliviano Evo Morales, deve ganhar as eleições regionais de 29 de março, que designarão governadores e prefeitos. A vitória seria mesmo com derrotas em importantes locais, como La Paz e Santa Cruz, segundo pesquisas publicadas nesta quarta-feira.
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Em La Paz, de onde vem o presidente, a candidata indígena do partido governamental, Felipa Huanca, investigada por mau uso de verbas públicas, poderia perder a candidatura diante do também indígena Félix Patzi, ex-ministro da Educação e dissidente do MAS. Patzi tem 34% das intenções de voto, à frente de Huanca (28%), de acordo com pesquisa do Instituto Ipsos publicada pelo jornal "La Razón".
No entanto, Morales também seria derrotado em Santa Cruz, região usualmente contrária a Morales e motor do desenvolvimento econômico nacional. Ali, o principal opositor de direita, Rubén Costas, lidera as pesquisas, com 56% das intenções de voto, pelo que acabaria reeleito.
A pesquisa realizada pelo Ipsos entrevistou três mil pessoas acima de 18 anos, entre 27 de fevereiro e 13 de março, em dez cidades capitais de província, nove povoados urbanos e 84 rurais, com uma margem de erro de 5 pontos percentuais.
Segundo os prognósticos, o MAS sairia vitorioso nos departamentos de Cochabamba, Oruro, Potosí, Chuquisaca e Pando.
As previsões são diferentes em La Paz, Tarija e Beni, onde a oposição tem la possibilidade de vitória, enquanto a pesquisa dá por certo que a oposição será eleita em Santa Cruz.
No âmbito municipal, o líder opositor Luis Revilla deve se manter como prefeito na importante cidade de La Paz, assim como Percy Fernández, em Santa Cruz. O governo também poderá perder a prefeitura de El Alto, outro importante bastião do presidente indígena de esquerda.
Nas eleições regionais de 29 de março, cerca de 6 milhões de bolivianos elegerão nove governadores, 339 prefeitos e 4.975 vereadores.
