O Conselho de Segurança da ONU declarou apoio unânime ao presidente iemenita, Abedrabbo Mansour Hadi, e à unidade do país, em meio a temores de que a agitação promovida pelos xiitas hutis, que questionam o chefe de Estado, possa sair do controle.
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"O Conselho de Segurança reafirma seu forte compromisso com a unidade, a soberania, a independência e a integridade territorial do Iêmen, e seu compromisso de apoiar o povo do Iêmen", declararam os 15 membros do Conselho em um comunicado, durante reunião de emergência, celebrada em Nova Iorque.
Falando ao Conselho de Segurança do Catar, através de videoconferência, o conselheiro especial da ONU Jamal Benomar, que tentou mediar o conflito por alguns meses, advertiu que os acontecimentos recentes parecem empurrar o Iêmen para uma guerra civil.
"O país vai mergulhar em mais violência e desarticulação", prosseguiu.
"Para concluir, peço a todas as partes que, apesar das tensões crescentes, avaliem a gravidade da situação e se engajem em uma desescalada, cessando todas as hostilidades, abstendo-se de provocações e do uso da violência... O diálogo pacífico é a única forma de avançar", acrescentou.
O Conselho "apoia a legitimidade" e Hadi, prosseguiu o comunicado, e também fez uma vaga ameaça de sanções contra a milícia xiita, conhecida como huti, que ocupou um aeroporto chave de uma importante cidade iemenita.
Empobrecido, porém estratégico, o Iêmen mergulhou no caos nos últimos meses, com os hutis tomando o controle de Sanaa e forçando Hadi a fugir para a principal cidade do sul do país, Áden.
A reunião de emergência foi celebrada tendo como pano de fundo uma crise de segurança que levou Washington a retirar seu pessoal do país.
O Conselho de Segurança "condena as ações unilaterais praticadas pelos hutis, que minam o processo de transição política no Iêmen, e põem em risco a segurança, a estabilidade, a soberania e a unidade do Iêmen", afirmou.