Muitos nigerianos votam neste domingo (29) nas eleições gerais da Nigéria, depois de uma série de problemas técnicos registrados no sábado (28) em pelo menos 300 dos 150 mil locais de votação espalhados por todo o país, o que obrigou a prorrogação das votações neste domingo (29). Embora as eleições tenham transcorrido normalmente na maioria dos locais de votação, nos quais a contagem de votos já começou, a Comissão Independente Nacional Eleitoral informou que várias máquinas não conseguiram ler os cartões biométricos dos eleitores em outras seções.
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Os nigerianos estão indo às urnas para escolher o próximo presidente e o novo Parlamento. A Nigéria, umas das maiores economias e a maior população da África, tem quase 70 milhões de eleitores. Com o atraso, os resultados devem ser conhecidos apenas na segunda-feira (30). Os locais de votação reabriram às 8h (4h de Brasília).
A Nigéria tem enfrentado, há vários anos, a violência brutal do grupo extremista Boko Haram, que já matou mais de 13 mil pessoas e deixou 1,5 milhão de refugiados, principalmente no Nordeste do país. Somente neste sábado, o grupo matou 39 eleitores. Cerca de 360 mil policiais fazem a segurança nas ruas das cidades nigerianas. Na última eleição, em 2011, aproximadamente 1 mil pessoas foram mortas em confrontos.
O resultado da disputa entre o atual presidente, o cristão Goodluck Jonathan, de 57 anos, e o candidato de oposição, o muçulmano Muhammadu Buhari, de 72 anos, deve ser apertado, de acordo com analistas políticos. Buhari tem o apoio de ampla aliança de oposição e, caso derrote Goodluck, será a primeira vitória da oposição desde que a Nigéria retornou à democracia, em 1999.