Os Estados Unidos se comprometeram nesta terça-feira a reduzir entre 26% e 28% as emissões de gases de efeito estufa até 2025 (em relação a 2005), a oito meses do início da Conferência do Clima em Paris, que tem como objetivo alcançar um acordo mundial.
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Repetindo as cifras anunciadas em novembro, em Pequim, durante a conclusão de um acordo inédito com a China, a Casa Branca anunciou ter transmitido oficialmente o compromisso à secretária-geral da Convenção do Clima das Nações Unidas.
A meta anunciada da comunidade internacional é a de limitar o aquecimento global a 2°C na comparação com a era pré-industrial.
Para a ONG 350.org, os dados transmitidos à ONU representam um "compromisso importante" dos Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases que provocam o efeito estufa depois da China, "mas em si mesmo a oferta atual é claramente insuficiente para manter-se abaixo dos 2°C".
O presidente americano Barack Obama, que faz da luta contra o aquecimento global uma de suas prioridades, decidiu prescindir do Congresso, que se opõe de maneira veemente a qualquer legislação sobre o tema.
Obama escolheu a via regulamentar para avançar, com base especialmente na Agência de Proteção Ambiental (EPA).
Em junho do ano passado ele anunciou novas normas para uma redução drástica das emissões de CO2 das centrais de energia elétrica existentes: redução de 30% em 2030 na comparação com 2005.
O carvão, que fornece mais de um terço da energia elétrica consumida nos Estados Unidos, continua sendo um componente central da matriz energética dos Estados Unidos.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), as emissões de gases que provocam o efeito estufa - que não param de crescer - devem ser reduzidas em 40 a 70% até 2050 para a manutenção do rumo dos 2°C.
A União Europeia foi a primeira a transmitir, no início de março, o plano pós-2020 à ONU. O bloco prevê uma redução de 40% nas emissões de gases que provocam o efeito estufa até 2030, na comparação com os níveis de 1990.