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Argentina abrirá arquivos secretos da Guerra das Malvinas

Na semana passada, Londres anunciou que investirá 267 milhões de dólares na próxima década para reforçar o dispositivo militar nas ilhas

Da AFP
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Publicado em 02/04/2015 às 16:06
Foto: Presidência da Argentina
Na semana passada, Londres anunciou que investirá 267 milhões de dólares na próxima década para reforçar o dispositivo militar nas ilhas - FOTO: Foto: Presidência da Argentina
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A Argentina anunciou a abertura da documentação secreta referente à guerra contra o Reino Unido em 1982 pela soberania das Malvinas, nesta quinta-feira, 33 anos após o início do conflito.

"Vamos abrir toda a informação existente sobre as ilhas Malvinas e que está em poder das Forças Armadas", disse a presidente Cristina Kirchner no Ushuaia (3.500 km ao sul) no ato pelo Dia do Veterano de Guerra e dos Mortos nas Malvinas.

De acordo com um decreto assinado por Kirchner, o ministério da Defesa terá um prazo de 30 dias para disponibilizar os documentos à consulta pública.

O conflito com o Reino Unido teve início com o desembarque de tropas argentinas em 2 de abril de 1982 nas ilhas do Atlântico, ordenado pelo regime militar que governava a Argentina.

Durante seu discurso transmitido por rede nacional, a mandatária insistiu no caminho do diálogo para resolver o problema de soberania e reiterou as críticas pelo incremento do gasto militar no arquipélago anunciado recentemente por Londres. 

"Vamos ver as ilhas novamente formando parte de nosso território e não é voluntarismo ou mera utopia", argumentou Kirchner em um auditório em que ex-combatentes vestiam uniformes militares e condecorações.

A chefe de Estado se mostrou convencida de que "o direito internacional e o diálogo, e não a militarização são o caminho do reencontro e da soberania".

Na semana passada, Londres anunciou que investirá 267 milhões de dólares na próxima década para reforçar o dispositivo militar nas Malvinas e o justificou alegando que a Argentina é uma ameaça. 

Após a decisão britânica, o governo argentino denunciou o "aumento desmedido do gasto militar" nas Malvinas em diversos organismos internacionais.

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