Os rebeldes xiitas huthis e seus aliados assumiram nesta quinta-feira o controle do palácio presidencial de Áden, sul do Iêmen, onde o chefe de Estado do país havia se refugiado antes de fugir para a Arábia Saudita, informou uma fonte das forças de segurança.
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Contudo, segundo um membro dos "comitês populares", forças favoráveis ao chefe de Estado, violentos combates prosseguiam após às 16h30 (10h30 de Brasília) no complexo presidencial entre os rebeldes e membros dos comitês.
"Dezenas de milícias huthis e seus aliados, que chegaram a bordo de blindados de transporte de tropas, acabam de entrar no palácio presidencial Al-Maashiq", declarou à AFP a fonte militar.
As partes em conflito "estão disparando com canhões", acrescentou à AFP esta fonte, sem mais detalhes.
"Dezenas de milícias huthis e seus aliados, que chegaram a bordo de blindados de transporte de tropas, acabam de entrar no palácio presidencial Al-Maashiq", declarou pouco antes à AFP uma fonte militar dos serviços de segurança, que testemunhou a chegada dos rebeldes no complexo.
Esta evolução significativa ocorre no oitavo dia da campanha aérea por uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, que prometeu derrotar os rebeldes huthis, apoiados pelo Irã, que já controlam a capital Sanaa e várias regiões do Iêmen.
A tomada do palácio presidencial no distrito de Cratera, em Áden, ocorreu após intensos combates. Pelo menos 44 pessoas, incluindo 18 civis, foram mortos nos confrontos entre as forças rebeldes e as forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que deixou Áden em 26 de março.
"Vinte (rebeldes) huthis foram mortos nos combates", indicou à AFP uma fonte militar, enquanto uma fonte médica relatou "a morte de 18 civis e seis membros dos comitês populares". Áden é a segunda maior cidade do Iêmen.