A aviação militar queniana bombardeou nesta segunda-feira dois campos dos insurgentes shebab no sul da Somália, informou o exército, quatro dias depois de um ataque dos jihadistas que terminou com 148 mortos em uma universidade do Quênia.
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"Bombardeamos dois campos dos shebab na região de Gedo", declarou à AFP o porta-voz do exército queniano, David Obonyo. "Os dois objetivos foram atingidos eliminados. Os dois campos foram destruídos".
O bombardeio aconteceu depois que o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, anunciou que responderia "com o maior rigor" aos shebab por seu ataque na quinta-feira em uma universidade de Garissa, leste do Quênia. As autoridades não divulgaram um balanço de vítimas nos ataques contra os campos dos insurgentes.
Homens armados do grupo shebab atacaram a universidade de Garissa na quinta-feira à noite, no momento que os estudantes dormiam, antes de separar os alunos não muçulmanos, que foram executados, o que Kenyatta chamou de "bárbara matança medieval".
O massacre terminou com as mortes de 142 estudantes, três policiais e três soldados.
Desde que o Quênia decidiu entrar na Somália em 2011 para lutar contra os insurgentes islamitas, o país executou vários bombardeios contra as bases dos shebab. Mais tarde, as tropas de Nairóbi se integraram às forças da União Africana para lutar contra os islamitas.
"Os bombardeios integram um processo e um compromisso contínuos contra o Al-Shebab, que vai continuar", disse Obonyo.
Os shebab fugiram de suas bases, em Mogadíscio, capital da Somália, em 2011, na luta contra as forças da União Africana, integradas por tropas de Burundi, Djibuti, Etiópia, Quênia e Uganda.
No sábado, os shebab advertiram para uma "guerra longa e espantosa" caso o Quênia não retire as tropas da Somália. Eles ameaçaram com "outro banho de sangue".