O presidente americano, Barack Obama, e o chefe de Estado cubano, Raúl Castro, terão a oportunidade histórica de se encontrar na Cúpula das Américas nesta semana no Panamá, disse à AFP um alto funcionário da Casa Branca nesta segunda-feira.
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"Haverá momentos para que os líderes de Cuba e Estados Unidos se encontrem, como será o caso com os outros líderes das Américas", disse Ricardo Zúñiga, diretor para o Hemisfério Ocidental no Conselho de Segurança Nacional.
"O que sabemos é que haverá algum tipo de interação entre os líderes", acrescentou Zúñiga, na mesma linha do que disse nesta sexta-feira a subsecretária de Estado para América Latina, Roberta Jacobson.
Obama e Castro participarão da Cúpula das Américas, que começa na sexta-feira no Panamá com a presença prevista de todos os chefes de Estado da região, exceto a presidente do Chile, Michelle Bachelet.
Com a presença de Castro, será a primeira vez que um líder cubano participa do encontro, criada pelos Estados Unidos em 1994.
Zúñiga - um assessor de Obama encarregado de tentar aliviar as tensões bilaterais que resistem após o fim da Guerra Fria- descreveu a participação de Cuba na cúpula, após anos de animosidade, como um "fato histórico".
Em 2013, após cinco décadas de antagonismo, os líderes de Estados Unidos e Cuba deram-se um aperto de mãos durante o funeral do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela em Johanesburgo.
Um ano depois, Castro e Obama conversaram por telefone para fechar o acordo de avançar no restabelecimento completo de laços diplomáticos, incluindo a reabertura de embaixadas em Washington e Havana.
A cúpula, no entanto, pode ser o cenário do primeiro encontro relevante desde a presidência de John F. Kennedy dá mais de 50 anos.
Ainda assim, Zúñiga minimizou a possibilidade de uma reunião bilateral oficial.
"A única reunião bilateral que temos programada para a cúpula é a reunião bilateral entre o presidente Obama e o presidente do Panamá (Juan Carlos) Varela", disse.