Um júri deliberou nesta terça-feira sobre a culpabilidade do jovem Dzhokhar Tsarnaev, acusado de ter cometido com o irmão mais velho os ataques contra a Maratona de Boston, matando três e ferindo 264 pessoas.
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O ataque ocorreu em 15 abril de 2013, quando duas bombas caseiras explodiram com 12 segundos de diferença em meio à multidão que cercava a linha de chegada da maratona, reavivando temores de terrorismo nos Estados Unidos.
Os irmãos Tsarnaev foram identificados como autores dos ataques alguns dias após a corrida, graças a filmagens de câmeras e milhares de fotos.
Tamerlan, então com 26 anos, foi morto a tiros pela polícia em 19 de abril, após ter matado um policial ao tentar fugir de Boston. Dzhokhar foi capturado horas depois, gravemente ferido.
Durante o julgamento, que ocorre em Boston, a promotoria se referiu a Dzhokhar, que se tornou cidadão americano em setembro de 2011, como um "terrorista" de sangue frio que "queria punir os Estados Unidos pelo que o país faz a seu povo".
A defesa reconhece desde o primeiro dia que Tsarnaev participou dos ataques, mas durante o julgamento tentou minimizar seu papel, apresentando-o como um cúmplice manipulado por Tamerlan.
O réu parecia pálido e cansado quando o juiz George O'Toole decidiu que os 12 jurados voltassem para casa e continuassem as deliberações na quarta-feira.
O'Toole disse que os jurados fizeram duas perguntas ao tribunal e que elas seriam respondidas na quarta-feira.
Se condenado pelo pior atentado terrorista nos Estados Unidos desde os ataques de 11 de setembro de 2001, o jovem de origem chechena de 21 anos pode pegar prisão perpétua ou até mesmo à pena de morte.
Tsarnaev se declarou inocente das trinta acusações que recaem sobre ele, vinculadas ao ataque de 15 de abril e ao assassinato do policial.
Caso o júri considere Tsarnaev culpado, como é provável que aconteça, uma segunda fase do julgamento será iniciada, após a qual deverá ser decidido por unanimidade entre a pena de morte e prisão perpétua.