Argentina

Cristina Kirchner conta detalhes sobre a cirurgia que sofreu na cabeça

Presidente havia ido ao hospital fazer exames de rotina do coração e, porque sentia dores de cabeça, foi submetida a uma ressonância na cabeça

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Publicado em 10/04/2015 às 14:36
Foto: Presidencia da Argentina
Presidente havia ido ao hospital fazer exames de rotina do coração e, porque sentia dores de cabeça, foi submetida a uma ressonância na cabeça - FOTO: Foto: Presidencia da Argentina
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A presidente Cristina Kirchner, 62, revelou nesta quinta-feira (9) detalhes dos momentos que antecederam sua cirurgia na cabeça em 2013. Ela foi operada de emergência após os médicos descobrirem um hematoma, na parte exterior do cérebro, provocado por uma queda.

Cristina havia ido ao hospital fazer exames de rotina do coração e, porque sentia dores de cabeça, foi submetida a uma ressonância na cabeça.

"Fazia uns dias que me doía a cabeça, e isso era estranho porque não sou de ter dores de cabeça. Me lembro que saí de [quinta de] Olivos [residência oficial da Presidência] com um médico que me acompanhava e lhe disse que a cabeça me doía e que não deveria ser a cervical, que poderia ser outro problema".

Chegando ao hospital, os médicos decidiram fazer uma tomografia para "ficarem tranquilos", lembra Cristina.

"Depois do exame, entrei em uma sala de monitoramento e havia muito mais gente do se que costumava ver. Todos estavam com uma cara que eu não gostei nada, inclusive minha irmã, que é médica e me acompanhava. Eu olhei para o monitor e vi uma bola negra horrível do lado direito do cérebro".

Cristina contou que os médicos lhe explicaram que se tratava de um hematoma e que ela precisaria ser operada logo. "Todos sabem que eu já tinha me submetido a outra intervenção [Cristina retirou parte da tireoide devido a um tumor em 2012]. Mas aquele momento não teve, mas nem remotamente, o mesmo impacto do que dessa vez".

Cristina fez essas revelações durante homenagem ao médico que fez sua operação, Cristian Fuster, no Senado. Ele dirige a equipe médica da Fundação Favaloro.

Cristina contou que perguntou a Fuster quando ela deveria ser operada e ouviu como resposta: "Se possível, amanhã".

"Confesso que senti uma profunda desconfiança. Será que ele não queria me fazer alguma coisa? Alguém que tem alguns adversários por aí se pergunta 'por que querem operar sua cabeça?' Agora rio, mas posso lhes garantir que naquele momento não ríamos".

A presidente contou que logo após ouvir o diagnóstico quis ir embora. Era um sábado e Fuster lhe dissera que ela podia se decidir até a terça-feira seguinte.

Cristina contou, porém, que sentiu um mal-estar no dia seguinte: "Senti meu braço esquerdo caído, uma coisa estranha, um formigamento. Começaram os gritos, chamaram os médicos, eles me examinaram e me disseram que eu deveria operar mas que a decisão seria minha".

Cristina conta que após decidir operar com Fuster, um renomado cirurgião argentino, estranhou a pouca idade do profissional que operaria a presidente.

"Eu respondi que era melhor um de 40, que tem um pulso melhor, uma coisa lógica", contou. "Vivemos muitas coisas juntos", disse Cristina, ao referir-se a Fuster. "Foi um momento difícil"

MÉDICO DE CRISTINA

Fuster foi homenageado por iniciativa de senadores aliados de Cristina e, oficialmente, deveu-se aos trabalhos sociais do médico e da Fundação Favaloro, dedicada ao atendimento de pacientes com problemas cardiovasculares.

"Vou dizer agora a todos os argentinos, aos que ainda não saibam, qual é a verdadeira identidade do doutor Fuster. Este homem, que até agora ninguém conhecia fora do mundinho médico, científico, foi quem operou minha cabeça e estou aqui para reconhecê-lo e para agradecê-lo, para que a comunidade também o reconheça", disse Cristina.

"Cristian até agora era anônimo, agora todos o conhecem", declarou a presidente.

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