O ministro turco das Relações Exteriores Mevlut Cavusoglu, afirmou neste domingo que a opinião do papa sobre o genocídio armênio é infundada e está distante da realidade histórica ao referir-se aos massacres de armênios pelas forças otomanas durante a I Guerra Mundial.
Leia Também
"As declarações do papa, que estão distantes da realidade histórica e legal, não podem ser aceitas", afirmou Cavusoglu no Twitter."As autoridades religiosas não devem incitar o ressentimento e o ódio com acusações infundadas", acrescentou.
O papa Francisco utilizou neste domingo o termo "genocídio" para descrever os massacres de armênios iniciado há um século, o que provocou a reação imediata da Turquia, que convocou o representante do Vaticano em Ancara para exigir explicações.
"No século passado, nossa humanidade viveu três grandes tragédias sem precedentes. A primeira, considerada geralmente como 'o primeiro genocídio do século XX', afetou vosso povo armênio, primeira nação cristã, junto com os sírios católicos e ortodoxos, os assírios, os caldeus e os gregos", afirmou o pontífice em uma missa na basílica de São Pedro, ao citar uma declaração conjunta de 2001 assinada por João Paulo II e o patriarca armênio Karekin II.
Muitos historiadores descrevem os massacres como o primeiro genocídio do século XX, apesar da Turquia negar com veemência a existência de um planejamento por trás dos crimes.