Cerca de 500.000 pessoas ficaram sem acesso ao serviço de água potável em Tabasco, um estado do leste do México, depois que vários rios foram contaminados pelo vazamento de um oleoduto, informaram na terça-feira as autoridades, que decidiram suspender as aulas na região.
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Ao menos quatro usinas de água potável precisaram ser fechadas em Villahermosa, capital de Tabasco, depois que no domingo foi registrado um derramamento de hidrocarbonetos no rio Teapa - no município vizinho de Jalapa -, provocado por uma tomada clandestina no oleoduto Agave-Entronque de Petróleos Mexicanos (Pemex).
"Estamos falando de mais de meio milhão" de pessoas que ficaram sem água em uma região na qual as temperaturas superam atualmente os 40°C, disse à imprensa Humberto de los Santos Bertruy, prefeito de Centro, o município ao qual pertence Villa Hermosa (664.000 habitantes).
A prefeitura de Centro também informou sobre a presença de petróleo nos rios La Sierra e Grijalva - este último é o segundo mais caudaloso do país e desemboca no Golfo do México. Meios de comunicação locais mostraram imagens dos trabalhos de limpeza dos rios que prosseguiam nesta terça-feira.
Ocorreu a "colocação de barreiras e cordões oleofílicos, com o apoio de bombas de sucção e pipas. Como medida preventiva, são instaladas barreiras adicionais ao redor das usinas" localizadas sobre o rio Teapa, informou a Pemex em um comunicado.
Por sua vez, o governo de Tabasco anunciou que "para garantir a saúde entre a população escolar, serão suspensas as aulas nesta quarta-feira, 15 de abril, nas escolas de todos os níveis educacionais do município de Centro".
As autoridades estimaram que o serviço pode ser retomado em um prazo de 72 horas. Tabasco é um estado com uma importante atividade petrolífera e onde o crime organizado se dedica, entre outras atividades, ao roubo de combustível.