Mais de 12 milhões de crianças estão fora da escola no Oriente Médio, alertou hoje (15) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), destacando os progressos feitos para ampliar a escolarização.
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O número não inclui as crianças obrigadas a deixar a escola por causa da guerra na Síria e no Iraque. Com essas, o número de crianças não escolarizadas atinge 15 milhões, mostra a organização em relatório apresentado em Beirute.
O estudo, do Unicef e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), destaca os "recursos consideráveis e o capital político" consagrados à educação no Oriente Médio durante a última década e mostra que o número de crianças não escolarizadas nas escolas primárias diminuiu, em alguns casos para metade. "Mas, nos últimos anos, não foi registrado qualquer progresso", alerta.
Na escola primária existem 4,3 milhões de crianças não escolarizadas e no ensino secundário, 2,9 milhões. Além dessas, 5,1 milhões de crianças não frequentam o pré-primário, o que eleva para 12,3 milhões o número de crianças não escolarizadas, de acordo com o relatório.
Esse número representa cerca de 15% das crianças do Oriente Médio em idade escolar ou pré-escolar, na escola primária ou secundária.
O relatório revela que um estudo feito em nove países da região aponta uma série de razões pelas quais essas crianças são privadas de frequentar a escola, sendo a pobreza uma das principais.
Em vários casos, as famílias não podem pagar os custos da escolarização, principalmente de livros e uniformes. Algumas encaminham os filhos para o trabalho por razões financeiras.