Com um ano de idade e três sobrenomes, Antonio se tornou nesta quinta-feira (23) o primeiro filho de um casal homossexual na Argentina a ter tripla filiação reconhecida em documento oficial.
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Na Argentina, onde desde 2010 vigora a lei de matrimônio gay, bastou uma petição administrativa para que fosse reconhecida a filiação de Antonio com duas mães e um pai.
"Estamos muito orgulhosos, é um dia histórico, essa tripla filiação foi uma decisão administrativa do governo da província de Buenos Aires, nem sequer precisamos ir à justiça", explicou à AFP Esteban Paulón, presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans (FALGBT).
"O Antonio é o primeiro caso na Argentina e na América Latina, e há muito poucos antecedentes no mundo, um deles no Canadá, mas sem dúvida abre caminho para que se comece a debater isto no mundo todo", afirmou Paulón, cuja organização prestou assistência jurídica à família.
Um caso parecido aconteceu no ano passado no Brasil, quando um juiz autorizou o registro de nascimento de um bebê com duas mães, um pai e seis avós, em uma decisão única no país.
A tripla filiação contou com o aval do governo da província de Buenos Aires diante do Registro provincial das Pessoas, com base no qual o pai biológico não renunciou a seu direito de pedir a filiação. Os pais de Antonio são Susana Guichal, de 39 anos, Valeria Gaete, 39, e Hernán Melazzi, 37.
