O Chile mantém estado de exceção por catástrofe nas localidades em torno do vulcão Calbuco, no Sul do país, cuja dupla erupção, na quarta-feira (22), obrigou a retirada de mais de 4 mil pessoas.
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O ministro do Interior chileno, Rodrigo Peñailillo, disse que o governo estabeleceu zona de exclusão de 20 quilômetros em torno do vulcão, para proteger a população.
O vulcão Calbuco, localizado na região de Los Lagos, entrou na quarta-feira, de forma inesperada, em erupção, lançando uma enorme coluna de fumaça e de cinzas, mas também expelindo rochas, depois de ter passado quase meio século adormecido.
Em entrevista, o ministro do Interior detalhou que 237 afetados pela erupção vulcânica estão em sete albergues disponibilizados pelo Departamento Nacional de Emergência.
A chefia de gabinete da presidenta chilena, Michelle Bachelet, informou que foram entregues colchões, mantas e alimentos na região de Los Lagos, enquanto na de Araucania foram distribuídas máscaras devido às cinzas do vulcão.
Foi também declarado alerta sanitário na província de Llanquihue e Puerto Octay, mantendo-se o recolher obrigatório nas comunidades de Puerto Montt, Puerto Varas e Puerto Octay. A medida vai até a manhã desta sexta-feira (24).
Segundo relatórios do Observatório Vulcanológico de Los Andes do Sul, com base na análise de informação recolhida nas estações de monitoramento instaladas perto do Calbuco, o vulcão permanece instável e poderão ser registradas novas erupções.
O Serviço de Meteorologia informou, no último relatório, que as cinzas já chegaram a Curicó, cidade a 839 quilômetros do vulcão e a 207 quilômetros a sul da capital Santiago.
O Calbuco, com 2.015 metros de altura, está a mil quilômetros ao sul da capital chilena.