Síria

Morre ex-chefe da inteligência política síria e homem forte de Assad

As causas precisas da hospitalização de Ghazali, que sofria de pressão alta, nunca foram esclarecidas

Da AFP
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Publicado em 24/04/2015 às 15:10
Foto: PATRICK BAZ / AFP
As causas precisas da hospitalização de Ghazali, que sofria de pressão alta, nunca foram esclarecidas - FOTO: Foto: PATRICK BAZ / AFP
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O ex-chefe da inteligência política síria, que foi um dos homens fortes do regime de Bashar al-Assad, Rustom Ghazali, morreu nesta sexta-feira (24), mais de um mês depois de ter sido hospitalizado em Damasco, informou à AFP uma fonte próxima de sua família.

Ghazali, que havia sido afastado de suas funções em razão de uma briga com outro funcionário da inteligência, foi hospitalizado logo após a disputa em março. Ele "faleceu hoje às 7h00 em um hospital de Damasco e será enterrado amanhã (sábado) na capital da Síria", indicou a fonte sob condição de anonimato.

As causas precisas da hospitalização de Ghazali, que sofria de pressão alta, nunca foram esclarecidas.

No início de março, o presidente Bashar al-Assad demitiu Ghazali e o chefe da inteligência militar, Rafic Chehade, depois de uma acalorada discussão entre os dois homens.

Durante a briga, o general Ghazali foi "espancado por homens de Chehade", segundo uma fonte do alto escalão da segurança síria.

A briga teria acontecido em razão da vontade de Ghazali de se envolver na batalha contra os rebeldes em sua província natal de Deraa, no sul da Síria, de acordo com a fonte.

Mas o general Chehade "se opôs categoricamente".

O general Ghazali era considerado um dos homens fortes do regime de Assad, que assumiu o poder em 2000, sucedendo seu pai Hafez al-Assad.

Em 2002, Ghazali foi nomeado chefe da inteligência militar síria no Líbano, onde esteve envolvido em todos os assuntos do país.

Tem sido amplamente citado por testemunhas como um dos suspeitos na preparação do assassinato em 2005 do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, que era hostil à hegemonia de Damasco.

Em julho de 2012, foi nomeado chefe de inteligência política, um ano após o início da revolta contra o regime de Assad.

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