O ministro espanhol da Defesa, Pedro Morenés, anunciou nesta terça-feira que os aviões de transporte militar A400M que sairão da rede de montagem não serão autorizados a voar até que o acidente fatal de sábado no sul da Espanha seja esclarecido.
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Um A400M que saía da rede de montagem da Airbus em Sevilha (sul) caiu no sábado, deixando quatro mortos e dois feridos em estado grave, durante um voo de testes antes de sua entrega à Turquia em julho. Após este acidente, cujas causas são desconhecidas, Alemanha, Grã-Bretanha, Turquia e Malásia suspenderam os voos de aeronaves já em serviço. A França, que tem seis, mantém apenas os voos prioritários nas operações.
Morenés explicou que se trata de uma medida de precaução, em uma entrevista à rádio Onda Cero: "É evidente que, por razões de prudência e até que o resultado da investigação seja divulgado, não convém que os aviões que neste momento estão na fase de produção e prestes a fazer testes voem sem saber o que realmente aconteceu".
A Airbus considerou que "é muito cedo para conhecer o impacto que esta decisão terá sobre a rede de produção". "Trabalhamos estreitamente com as autoridades militares e com nossos clientes para administrar esta situação", disse uma porta-voz.
O construtor aeronáutico disse que 20 aviões estão atualmente em diferentes estágios da rede de montagem. Enquanto isso, um A400M planeja efetuar na tarde desta terça-feira um voo de testes entre Toulouse (França), quartel-general da companhia, e Sevilha.
Também está previsto que durante a tarde seja realizada na catedral de Sevilha uma cerimônia religiosa em memória dos quatro tripulantes mortos no sábado.