O exército sírio enviou reforços às ruínas de Palmira para tentar repelir os jihadistas do grupo Estado Islâmico, que nesta sexta-feira estavam a um quilômetro do famoso sítio arqueológico, indicaram as autoridades e uma ONG. "Os jihadistas estão agora a um quilômetro do sítio arqueológico de Palmira", afirmou nesta sexta-feira à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
"O regime enviou reforços à cidade e a aviação está bombardeando os arredores de Tadmor", o nome da cidade em árabe, acrescentou. O sítio arqueológico, conhecido por suas colunas romanas e suas torres funerárias, encontra-se no sul da cidade de Palmira. Segundo o OSDH, os combates se desenvolvem ao norte, no leste e no sul da cidade, e neles 138 combatentes morreram, entre eles 73 soldados e 65 jihadistas.
Nos povoados situados perto de Palmira, dos quais o exército se retirou, o EI também executou 26 civis, dez deles por decapitação, por colaboração com o regime, segundo o OSDH, uma ONG síria. Por sua vez, o governador da província de Homs (centro), da qual este oásis em pleno deserto forma parte, afirmou que a situação está sob controle.
"O exército enviou reforços e a aviação está bombardeando posições" do EI, indicou à AFP Talal Barazi. Nos últimos dias, o EI tomou todos os postos do exército situados na estrada entre Palmira e a localidade de Al-Sujna, a 80 km.
O diretor de Antiguidades e dos museus sírios, Maamun Abdelkarim, convocou a comunidade internacional a se mobilizar para impedir uma eventual destruição de Palmira, o que seria uma catástrofe internacional, disse.
Há mais de um mês combatentes do EI apareceram em um vídeo destruindo no Iraque o sítio arqueológico de Nimrod. Palmira foi um importante foco cultural do mundo antigo, e se desenvolveu com força após a conquista romana no século I a.C.