Equipes técnicas da Grécia e dos credores do país estão elaborando um rascunho de acordo muito esperado para que Atenas possa dispor de liquidez, anunciou uma fonte do governo grego. "O processo para elaborar um acordo está começando hoje (quarta-feira) em Bruxelas", disse a fonte.
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Isto permitiria liberar para a Grécia uma parcela de 7,2 bilhões de euros, parte do segundo plano de resgate financeiro internacional concedido ao país.
"O primeiro-ministro grego (Alexis Tsipras) está em comunicação constante com outros líderes para facilitar um acordo", completou a fonte.
O acordo incluiria a aceitação de uma meta menor de superávit primário (sem considerar os juros da dívida), reformas do IVA e do sistema previdenciário, e um alívio da dívida, segundo a mesma fonte. Mas Atenas insiste que não vai aceitar novas reduções de salário e das aposentadorias.
A parcela de 7,2 bilhões é indispensável para a Grécia, que está quase sem liquidez, para enfrentar vencimentos da dívida (1,6 bilhão de euros a pagar ao FMI em junho) e, a nível interno, para pagar salários de funcionários e pensões.
O governo grego do partido de esquerda radical Syriza, eleito em janeiro com um programa contra a austeridade, rejeitou até agora as duras reformas econômicas que seus credores - FMI, UE, Banco Central Europeu - pedem em troca da liberação dos recursos.