A economia mundial poderia obter até 2030 benefícios "enormes", caso os sistemas de ensino se tornem mais competentes e forneçam a todos os alunos "habilidades fundamentais" na leitura e matemática, segundo um relatório da OCDE.
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Em um informe apresentado nesta quarta-feira em Berlim e intitulado "Competências elementares universais - O que os países ganhariam", a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) compara a situação de 76 países.
Segundo as conclusões deste estudo de 110 páginas, é fundamental que os alunos dominem "ao menos" as competências e saberes fundamentais, por exemplo, na leitura e cálculo, definidas nos estudos "Pisa" sobre o desempenho dos alunos nos países da OCDE, que a organização desenvolve periodicamente.
Em um contexto de forte desemprego juvenil na maior parte dos países da OCDE, a organização estima que "se cada aluno de 15 anos no mundo alcançar ao menos até 2030" o domínio desses conhecimentos básicos, "os benefícios para o crescimento, a economia e o desenvolvimento sustentável seriam enormes". O estudo mostra que os países ricos também têm dificuldades neste ponto.
Nos Estados Unidos, 24% dos jovens de 15 anos não atendem a todos os conhecimentos fundamentais dos estudos Pisa. Os países ricos da OCDE veriam como seu PIB global aumentaria em 3,5% daqui a 2030 se fizessem os esforços necessários em matéria de educação.
"Sem as competências corretas, os jovens terminam à margem da sociedade, e o progresso tecnológico não se transforma em crescimento econômico", adverte a OCDE, que faz um chamado aos governos para "ajudar seus cidadãos e enfrentar estes desafios".