Os Estados Unidos expandiram por meio de memorandos o monitoramento de dados de internet da Agência de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) para buscar provas da ação de hackers a serviço de governos estrangeiros.
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A informação estava em documentos obtidos pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden, cujos detalhes foram publicados nesta quinta-feira (4) pelo jornal americano "The New York Times".
Segundo os documentos, o Departamento de Justiça emitiu dois memorandos secretos autorizando a agência a começar a fazer buscas por dados na rede de internet americana ligados a invasões de computadores vindas do exterior.
Dentre as informações autorizadas, estavam o tráfego que vem de sites suspeitos ou que contenham algum tipo de arquivo malicioso, conhecidos como malware. A operação foi feita sem autorização judicial, como exigia a lei americana.
A intenção era monitorar apenas endereços e padrões de invasões de computadores que tivessem relação com governos de outros países, mas os documentos mostram que a NSA coletou dados de hackers que não tinham essas características.
As autorizações teriam sido concedidas em maio e em julho de 2012, adicionando as permissões a outro memorando já existente que liberava o uso do programa para monitorar governos estrangeiros.
A espionagem ocorreu em um período em que aumentaram as invasões de grupos de países estrangeiros aos sistemas americanos de comunicação, sendo os principais suspeitos Rússia, China e Irã.
Enquanto russos e iranianos desejavam ter informações militares do governo americano, o principal alvo dos chineses era o recolhimento de informações tecnológicas de produtos americanas para pirataria industrial.