Como garantir o sucesso de um acordo sobre o clima quando objetivos nacionais de redução das emissões de gases de efeito estufa se mostram inadequados? Os negociadores, reunidos em Bonn, tentam chegar a acordo sobre uma revisão futura e regular das ambições dos estados.
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Este tópico é um dos muitos pontos de desacordo que precisam ser resolvidos nas negociações, já que tocam em questões de soberania nacional e igualdade.
"Todo mundo sabe que o nível de ambição que provavelmente será exibido na conferência de Paris não será suficiente" para manter o aumento do termômetro global abaixo dos 2°C, explicou Alden Meyer, especialista em clima da União dos Cientistas Preocupados (Union of Concerned Scientists, UCS).
"Precisamos de algo no acordo que ajude a garantir que, nos anos seguintes à conferência, esta ambição seja reforçada, a fim de colocar-nos no bom caminho e evite os piores impactos da mudança climática".
Nesta fase, 40 estados, da UE aos Estados Unidos, do Marrocos à Etiópia, publicaram seus compromissos de redução de GEE, fontes de aquecimento. Os outros são esperados para fazê-lo até 31 de outubro, um mês antes da reunião de Paris, que deve produzir um acordo global para limitar o aquecimento global a 2ºC acima dos níveis pré-industriais.
Desde agora, análises de instituições de pesquisa pintam um quadro misto das contribuições, e duro em relação a Rússia e Canadá.
Para Laurence Tubiana, negociadora para a França, os compromissos nacionais no fim das contas "provavelmente serão insuficientes". Mas "é o desafio do acordo de Paris de ficar gradualmente nos 2°C", fornecendo um sistema para rever para cima os compromissos.