O copiloto do A320 da Germanwings, que caiu em 24 de março nos Alpes franceses com 150 pessoas a bordo, visitou 41 médicos em um período de cinco anos, sendo que sete deles no mês que precedeu seu suicídio, revelou nesta quinta-feira (11) o promotor de Marselha.
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"O copiloto, preocupado com sua saúde que tinha medo de perder a vida, sofria de uma psicose acompanhada de problemas de visão sem resultados orgânicos", explicou Brice Robin em coletiva em Paris, ao final de um encontro com familiares das vítimas.
Robin, que conversou durante mais de quatro horas com os parentes das vítimas, informou ainda que os restos mortais dos 30 passageiros a bordo serão repatriados na segunda-feira.
Também anunciou que três juízes de Marselha vão investigar o acidente "a título de homicídio involuntário".
O A320 que cobria a rota Barcelona-Dusseldorf caiu no dia 24 de março nos Alpes franceses. A investigação revelou que o copiloto alemão Andreas Lubitz, que havia sofrido problemas psiquiátricos, derrubou a aeronave de forma intencional, matando seus 150 ocupantes, entre eles 72 alemães e 50 espanhóis.
Stéphane Gicquel, presidente da Fenvac, presidente da federação francesa de vítimas de acidentes coletivos, informou que, segundo deduziu das explicações do procurador de Marselha, serão investigados os erros da Lufthansa, casa matriz da Germanwings, no momento de detectar os problemas de saúde de Andreas Lubitz.
Segundo ele, o núcleo da investigação estará em ver se ocorreram "erros no acompanhamento médico" do copiloto.