EUA

Igreja de Charleston realiza primeiro cerimônia religiosa após massacre

Cerimônia, que presta homenagens aos mortos, começou com orações e hinos religiosos

Da Folhapress
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Publicado em 21/06/2015 às 13:30
Foto: DAVID GOLDMAN / POOL / AFP
Cerimônia, que presta homenagens aos mortos, começou com orações e hinos religiosos - FOTO: Foto: DAVID GOLDMAN / POOL / AFP
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A igreja metodista Emanuel, em Charleston, nos Estados Unidos, recebeu nesse domingo (21) sua primeira cerimônia religiosa depois do ataque da última quarta, quando um atirador matou nove pessoas que participavam de estudos bíblicos no local.

A cerimônia, que presta homenagens aos mortos, começou às 9h30 (10h30 em Brasília), com orações e hinos religiosos. Alguns dos cerca de 400 fiéis presentes derramaram lágrimas ao ouvir os primeiros acordes do órgão. Sinos foram tocados para lembrar as vítimas.

Policiais à paisana foram posicionados em vários pontos e houve vistoria de bolsas e mochilas, em busca de bombas.

No lado de fora da igreja, a mais antiga congregação afro-americana no sul dos EUA, buquês, ursos de pelúcia e balões cobriam a calçada. Centenas de pessoas faziam fila para homenagear os mortos, cantar hinos e deixar lembranças em homenagem às vítimas.

O suspeito, Dylann Roof, 21, continua preso, acusado de nove homicídios. Autoridades dizem que ele passou uma hora em um grupo noturno de estudos da Bíblia da igreja, chamada de "Mãe Emanuel" pelo seu papel fundamental na história afro-americana, antes de abrir fogo na noite de quarta-feira.

Investigadores federais examinam fotos e escritos sobre "supremacia branca" encontrados em um site da internet no sábado, que pareciam mostrar Roof posando com uma arma e em pé, na frente de um museu militar confederado e de casas de escravos que trabalhavam na lavoura.

Textos publicados no site, cuja autoria não foi confirmada, incluíam uma "explicação" do autor por ter cometido um ato não especificado.

"Não tenho escolha... escolhi Charleston porque é a cidade mais histórica no meu Estado, e durante algum tempo teve a maior proporção de negros em relação a brancos no país", dizia a mensagem.

O massacre foi o mais recente de uma série de assassinatos em massa nos EUA, que reacenderam o debate sobre o controle de armas em um país, onde o direito de possuir armas de fogo é protegido pela Constituição.

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