Ao menos 120 civis morreram por ações do grupo Estado Islâmico (EI) nas últimas 24 horas, desde que os jihadistas conseguiram invadir a localidade de Kobane, informou nesta sexta-feira o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
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"Segundo fontes médicas e habitantes de Kobane, 120 civis foram executados pelo EI em seus lares ou morreram por ataques de foguetes e franco-atiradores", declarou o diretor da organização Rami Abdel Rahman, acusando o grupo jihadista de ter lançado um de seus piores massacres na Síria.
A este balanço se somam 26 civis executados na quinta-feira em um povoado perto de Kobane, segundo o OSDH, que dispõe de uma ampla rede de informantes na Síria.
"Quando entraram na cidade, os jihadistas tomaram posições nos edifícios nas entradas sudeste e sudoeste e dispararam contra qualquer coisa que se movesse. Entraram na cidade com a intenção de matar", disse Abdel Rahman.
"Há corpos de civis, incluindo mulheres e crianças, que foram encontrados nas casas, muitos outros nas ruas", disse. "Os jihadistas sabem que não podem ficar e controlar a cidade diante das numerosas forças curdas. Vieram apenas para matar e atingir a moral dos curdos", acrescentou.
Um militante curdo, Arin Sheikhmos, acusou o EI de ter lançado um massacre, afirmando que "cada família de Kobane perdeu um de seus membros na quinta-feira". O grupo EI havia lançado na quinta-feira um ataque surpresa com três atentados suicidas em Kobane, onde foi expulso em janeiro, em seu primeiro revés desde o início de sua expansão pela Síria.
Segundo os analistas, este ataque pode ser encarado como uma vingança por parte dos jihadistas, que registraram uma série de derrotas nos últimos dias causadas pelas Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) no norte da Síria.