O enviado especial das Nações Unidas para o Iêmen, Ismail Ould Cheikh Ahmed, disse, nesta quarta-feira (1º), estar confiante no estabelecimento de uma trégua humanitária nas duas últimas semanas do Ramadã, o que permitirá entregar ajuda humanitária à população.
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"Continuamos otimistas a respeito das nossas chances de alcançá-la", declarou Ahmed à AFP, em Riad, onde conversou durante dois dias com o governo iemenita no exílio.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já havia pedido um cessar-fogo humanitário imediato de duas semanas no início do mês do Ramadã em 18 de junho.
"Conversamos com todas as partes", garantiu Ould Cheikh Ahmed, pouco depois de a ONU decretar o maior nível de urgência humanitária no Iêmen.
Segundo as Nações Unidas, mais de 21,1 milhões de iemenitas precisam de assistência humanitária, o que corresponde a cerca de 80% da população. Desses, 13 milhões sofrem escassez alimentar, e 9,4 milhões têm acesso limitado à água.
Em relação às negociações de paz, o enviado das Nações Unidas declarou à AFP que, até o momento, não há qualquer "plano imediato" para sua retomada, após seu fracasso no mês passado em Genebra.