Europa

Grécia: premiê quer corte de 30% da dívida e período de carência de 20 anos

O líder grego fez declarações durante pronunciamento transmitido por um canal de televisão

Da ABr
Cadastrado por
Da ABr
Publicado em 03/07/2015 às 16:06
Foto: ARIS MESSINIS / AFP
O líder grego fez declarações durante pronunciamento transmitido por um canal de televisão - FOTO: Foto: ARIS MESSINIS / AFP
Leitura:

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmou nesta sexta-feira (3) que deseja "um corte de 30% da dívida" da Grécia e um período de carência de 20 anos para assegurar a viabilidade do pagamento.

Tsipras também reiterou que o 'Não' no referendo do próximo domingo (5) "não é um 'Não' à Europa", mas "à chantagem" para aceitar um acordo que não contenha uma solução sustentada para a dívida da Grécia.

O líder grego fez estas declarações em pronunciamento transmitido por um canal de televisão, na reta final da breve campanha para a consulta popular de domingo.

"Que todo mundo entenda: o que está em jogo não é a saída da Grécia da zona euro, mas saber se – sob chantagem – estávamos dispostos a aceitar o acordo insustentável que nos ofereceram", afirmou o primeiro-ministro.

Neste contexto, Tsipras fez alusão ao relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicado nessa quinta-feira (2), que considerou que a única solução para a Grécia é um corte da dívida. "Só que, isto, os credores nunca nos disseram [nas negociações]", acrescentou.

Alexis Tsipras pediu ao povo grego para votar com calma e respeitar a opinião contrária, durante o processo de referendo. "Votemos com calma e com argumentos, e não com censuras", acrescentou.

Esta noite está prevista outra intervenção de Tsipras no ato da campanha, organizado pelo seu partido, o Syriza, na praça Syntagma, a favor do 'Não', que irá coincidir com outro, em defesa do 'Sim', convocado por uma plataforma de partidos, empresas, sindicatos e municípios que ocorrerá no antigo estádio olímpico.

As últimas pesquisas dão uma margem estreita da vitória do 'sim' frente ao 'não' e uma percentagem dos indecisos em torno dos 11,8%.

Últimas notícias