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Estado Islâmico divulga vídeo de execução em massa na cidade histórica síria de Palmira

O vídeo de 10 minutos mostra uma execução que teria ocorrido logo após a tomada da cidade de Palmira

Da AFP
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Publicado em 04/07/2015 às 15:15
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O vídeo de 10 minutos mostra uma execução que teria ocorrido logo após a tomada da cidade de Palmira - FOTO: Foto: AFP
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O grupo extremista sunita Estado Islâmico (EI) postou neste sábado na internet um vídeo que mostra dezenas de soldados do regime sírio sendo executados por adolescentes no teatro romano da antiga cidade de Palmira.



O vídeo de 10 minutos mostra uma execução que teria ocorrido logo após a tomada pelo grupo, em 21 de maio, da cidade de Palmira (centro), lar de antigas ruínas mundialmente famosas e classificadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade.

O vídeo mostra a morte a tiros de cerca de 25 soldados uniformizados diante de uma enorme bandeira preta da organização jihadista.

Aqueles que os executaram parecem ser crianças ou adolescentes e as execuções ocorrem na presença de algumas pessoas sentadas nas tribunas do teatro romano.

Antes da execução, um jovem jihadista acusa os soldados de ser "nossaris", um termo pejorativo para designar os alauítas, o ramo xiita ao qual faz parte o presidente sírio Bashar al-Assad.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou em 27 de maio a execução de cerca de vinte combatentes do regime neste anfiteatro romano.

Estima-se que o grupo Estado Islâmico (EI) tenha matado mais de 200 pessoas quando tomou a cidade de Palmira.

"Utilizar as ruínas romanas para matar civis prova que os EI despreza a humanidade", reagiu na época o diretor de Antiguidades sírias, Maamoun Abdulkarim.

O EI tem o costume de divulgar vídeos de suas execuções por métodos bárbaros desde que assumiu o controle de extensos territórios no Iraque e na Síria, onde proclamou um "califado".

Estes vídeos se tornaram sua principal arma de propaganda e recrutamento.

Desde a tomada da cidade de Palmira,  a comunidade internacional teme que o EI destrua inúmeros tesouros arqueológicos da parte antiga, chamada de "Pérola do deserto da Síria", como fez o grupo sunita ultrarradical nos últimos meses no Iraque.

O que tem de fato acontecido, como denunciou esta semana a Unesco, que condenou nas ovas destruições de obras de arte, particularmente de bustos funerários e a famosa estátua do leão de Al-Lat.

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